Ao longo desses quase 19 anos de fundação, muita gente já passou pelo GTPS. Temos muito orgulho de ter servido de referência para muitos profissionais, de ter formado inúmeros mestrandos e doutorandos, de ter iniciado diversos graduandos(as) e graduandas(as) para a atividade científica, sempre na perspectiva classista e da luta democrática. São diversos(as) profissionais da diferentes Redes de Ensino, profissionais da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, profissionais do magistério superior, técnicos administrativos que passaram por nosso grupo ou que nele ainda permanecem.
Coordenado pelo Prof. Dr. José dos Santos Souza, hoje, o GTPS conta com 09 pesquisadores(as), 07 doutorandos(as), 03 mestrandas, 03 graduandas e mais outras 02 profissionais mestras vinculadas. É uma equipe formada por pessoas da UFRRJ e de outras instituições de ensino superior, mobilizada pelo trabalho científico humanizado, produtivo (e não produtivista) e comprometida com as demandas sociais em um contexto sócio-histórico marcado pela exclusão e pela precariedade do trabalho e da vida.
Procure conhecer um pouco desse coletivo! Observe o que eles(as) estão pesquisando, navegue pelo Currículo Lattes deles(as) e veja quanta coisa interessante vem sendo feita aqui na Baixada Fluminense. É oportuno também que acesse parte da produção científica dos membros do GTPS disponibilizada para download aqui no site. Veja também as Linhas de Pesquisa atuais do GTPS e observe suas potencialidades para a análise da relação trabalho, educação e políticas públicas na atualidade.
O GTPS tem reuniões ordinárias toda última terça-feira de cada mês. Nessas reuniões, você pode pedir para participar, a fim de conhecer melhor o trabalho do grupo. Já as demais atividades do Grupo são de participação restrita àqueles(as) que já estão integrados(as) ao grupo, comprometidos(as) com alguma atividade investigativa. O mais importante é você saber que o GTPS tem suas portas abertas para receber você que deseja desenvolver atividades científicas em um ambiente solidário, fraterno, comprometido academicamente e bastante produtivo.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
CONHEÇA MELHOR A EQUIPE DO GTPS E SAIBA O QUE ANDAM FAZENDO
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
EX-BOLSISTA PIBIC/CNPq VINCULADA AO GTPS CONCLUI MONOGRAFIA SOBRE FORMAÇÃO PRECÁRIA PARA UM FUTURO INCERTO
Caroline Santos de Andrade Alves |
DEFESA DE MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Título: " Formação Precária para
um Futuro Incerto: fundamentos sócio-históricos da política de Educação
Profissional Tecnológica Brasileira"
Graduanda: Caroline Santos de Andrade Alves
Instituição: Coordenação do Curso de
Licenciatura em Pedagogia, Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro
Data: 19/12/2024
Hora: 16:00
Local: Videoconferência. Link da videochamada: https://meet.google.com/dmm-kqsf-ctj
Banca Examinadora:
- Prof.
Dr. José dos Santos Souza – UFRRJ (Orientador)
- Profª.
Ms. Viviana da Silva Gmach Souza – PPGEduc/UFRRJ, SMEDC/RJ
- Prof.
Ms. Marcelo Ramos dos Santos – PPGEduc/UFRRJ, SMEDC/RJ
RESUMO: a
monografia consiste em resultados de uma
pesquisa referenciada no materialismo histórico-dialético. Seu objetivo
é ampliar conhecimentos que possibilitem a compreensão da relação existente
entre a Educação Superior Tecnológica e a ascensão do Precariado. A análise
parte de fundamentos sócio-históricos que permeiam a política de ampliação e
diversificação da oferta de ensino superior cujos Cursos Superiores de
Tecnologia são sua principal frente. O problema investigado consiste no
questionamento acerca dos mecanismos que tornam a educação superior tecnológica
palco para uma a formação precária dos indivíduos, contribuindo para a ascensão
do precariado na realidade brasileira em um contexto marcado por mudanças substantivas
no mercado de trabalho e impactos na inserção no mercado e na trajetória
profissional dos egressos do ensino superior. Tomamos como objeto de análise a
literatura da área de educação e ciências sociais acerca do tema. Este trabalho
nos proporcionou concluir que a formação oferecida no atual contexto brasileiro
não é um problema isolado, mas é reflexo de um modelo socioeconômico que
privilegia a acumulação de capital em detrimento do desenvolvimento humano. Neste
aspecto, fornece educação superior enxuta e flexível, na maioria das vezes precarizada
e incapaz de cumprir sua promessa de empregabilidade, sem nenhuma garantia de
futuro para a classe trabalhadora jovem, pobre e residente nas periferias urbanas.
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
EXPERIÊNCIA DO CTUR/UFRRJ NO PRONATEC É OBJETO DE ANÁLISE DE DISSERTAÇÃO DE MESTRANDA VINCULADA AO GTPS
Ana Maria Araújo da Silva |
DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Título: "Passado, presente e expectativa de futuro da educação profissional: a experiência do PRONATEC/CTUR"
Mestranda: Ana Maria Araujo da Silva
Instituição: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas PPGDT, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Data: 19/08/2024
Hora: 10:00
Local: UFRRJ – Instituto Ciências Sociais Aplicadas
Campus Seropédica, Sala do PPGDT do Prédio de Pós-Graduação
BR 465, Km 7
Banca Examinadora:
- Prof. Dr. Aldenilson dos Santos Vitorino Costa – UFRRJ (Orientador)
- Prof. Dr. Robson Dias da Silva – UFRRJ
- Prof. Dr. Bruno de Oliveira Figueiredo – UNIR
RESUMO: no Brasil, a partir da década de 1990, se intensifica e se fortalece o processo de reestruturação produtiva do capital, por meio de diversas políticas públicas que significaram um projeto de ajuste à nova ordem neoliberal. O Estado para se adaptar aos impulsos globais promove uma série de contrarreformas, que foram observadas em diversos campos, resultando no aumento do desemprego, da informalidade e da flexibilização do mercado de trabalho. Além disso, essas transformações impactaram os processos educacionais traduzindo princípios neoliberais na Constituição de 1988, materializados através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A contrarreforma burguesa no sistema educacional brasileiro foi moldada para o processo de formação e organização da nova qualificação profissional e as políticas de educação profissional passaram a atender às necessidades do modo de produção capitalista. A força de trabalho mais qualificada e compatível com os novos interesses do mercado, culminou na formação de um novo tipo de profissional, mais dinâmico, flexível, polivalente, afinado com as mudanças tecnológicas e o desenvolvimento de atividades empreendedoras. Diante dessa realidade, nosso objetivo é compreender a política pública de qualificação profissional materializada por meio do Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego PRONATEC ofertado pelo Colégio Técnico (CTUR) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC). Partimos da hipótese de que o programa atuou para satisfazer uma necessidade estrutural do capital, promovendo formação rápida com estímulo a atividades empreendedoras e dissociado da realidade local. Metodologicamente, a pesquisa considera a análise quantitativa/qualitativa e de abordagem de caráter explicativo, tomando como referência o materialismo histórico-dialético que busca a compreensão de um fenômeno em sua concretude, tomando-se como amostra os alunos concluintes do programa PRONATEC/CTUR do município de Seropédica.
quarta-feira, 20 de março de 2024
PPGEDUC ABRE SELEÇÃO PARA MESTRADO E DOUTORADO
Candidatos(as) têm apenas 12 dias para se inscrever!
O PPGEduc – Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da UFRRJ publicou na última segunda-feira, dia 18/03/2023, os editais de seleção para turmas de 2024.
O período de inscrição é bastante curto, vai do dia 20/03/2024 a 01/04/2024. São apenas 12 dias de inscrição, o que exigirá celeridade dos(as) candidatos(as) para providenciar a documentação para inscrição, especialmente o anteprojeto de pesquisa, para os(as) candidatos(as) ao Curso de Mestrado, e o projeto de pesquisa, para os(as) candidatos(as) ao Curso de Doutorado.
São 32
vagas para o Curso de Mestrado e 29 vagas para o Curso de Doutorado. O processo seletivo para ambos os cursos prevê cotas para: pessoas autodeclarados
- Linha 1 – Estudos Contemporâneos e Práticas Educativas;
- Linha 2 – Desigualdades Sociais e Políticas Educacionais;
- Linha 3 – Educação Étnico-Racial e de Gênero: linguagens e estudos afro-diaspóricos.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
BRUNA LIMA CONCLUIU INVESTIGAÇÃO SOBRE AMPLIAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS NA BAIXADA FLUMINENSE/RJ
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Bruna Lima |
DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Título: "Ampliação e diversificação da oferta de cursos superiores de tecnologia na Baixada Fluminense (RJ)”
Mestranda: Bruna de Fátima Santos de Lima
Instituição: Programa de Pós-graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Data: 27/02/2024
Hora: 14:00
Local: UFRRJ – Instituto Multidisciplinar
Campus de Nova Iguaçu, Auditório do Módulo da Pós-Graduação
Rua Savero José Bruno, S/nº – Aeroclube – Nova Iguaçu, RJ
Banca Examinadora:
- Prof. Dr. José dos Santos Souza (Orientador) – UFRRJ
- Prof. Dr. Rodrigo Coutinho Andrade – UFRRJ
- Profª. Drª. Paula de Macedo Santos – SEEduc/RJ
RESUMO: No ano de 2019, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), existiam 8.400 cursos superiores de tecnologia (CSTs) no Brasil, dos quais apenas 14% encontravam-se na esfera pública (federal, estadual ou municipal) estando o restante na esfera privada. Os CSTs são um tipo de graduação de curta duração, com carga mínima de 1.600 a 2.400 horas. Com o objetivo de formar com foco no mercado do trabalho, sua oferta tem demonstrado crescimento substantivo nos últimos anos. O objetivo desta pesquisa é analisar as tendências do desenvolvimento dos CSTs na Baixada Fluminense, Região do Estado do Rio de Janeiro vizinha à capital do estado. As cidades que compõem esta região surgiram e cresceram de forma irregular, sem planejamento urbano, o que consolidou a Baixada Fluminense como área com problemas habitacionais, sociais, de saneamento básico, de segurança pública e educacionais. Composta por municípios governados por políticos que não conseguem garantir serviços públicos básicos e de qualidade para a população. A compreensão de como se deu a ampliação e diversificação dos CSTs nesta região é de extrema importância, pois nos possibilita entender se esta política de educação profissional e tecnológica visa a formação de uma nova força de trabalho ou se visa a conformação ética e moral dos trabalhadores frente ao desemprego e à precariedade do trabalho e da vida em sociedade. Trata-se de uma pesquisa básica, de análise qualitativa, de caráter explicativo, que se insere na categoria de pesquisa documental cuja referência teórica e metodológica é o materialismo histórico-dialético. Os dados coletados nos permitiram evidenciar a natureza do processo de ampliação e diversificação da oferta de CSTs na Baixada Fluminense e confirmaram nossa hipótese central de que estes cursos, enxutos, flexíveis e precários, mais do que formar pessoas para se apropriarem do conhecimento técnico e profissional de modo integrado ao conhecimento científico, tecnológico e cultural do mundo do trabalho e da vida em sociedade, na realidade cumprem a função de formação enxuta, flexível, pragmática, imediatista, vinculada às demandas imediatas do mercado de trabalho. Nesta perspectiva, os CSTs ofertados têm como principal objetivo não apenas formar trabalhadores de novo tipo, mas conformar estes trabalhadores à nova realidade volátil, incerta, complexa e ambígua do modelo de desenvolvimento enxuto e flexível do capital, de modo a torná-los permeáveis à instabilidade, à competitividade exacerbada e à precariedade do mercado de trabalho, preparando-os para assumir para si a culpa por sua condição de vida precária.
VIVIANA GMACH CONCLUI INVESTIGAÇÃO SOBRE IMPACTO DO SAEB NO TRABALHO DOS PROFESSORES DE DUQUE DE CAXIAS/RJ
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Viviana Gmash |
DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Mestranda: Viviana da Silva Gmach Souza
Instituição: Programa de Pós-graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Data: 20/02/2024
Hora: 14:00
Local: UFRRJ – Instituto Multidisciplinar
Campus de Nova Iguaçu, Auditório do Módulo da Pós-Graduação
Rua Savero José Bruno, S/nº – Aeroclube – Nova Iguaçu, RJ
Banca Examinadora:
- Prof. Dr. José dos Santos Souza (Orientador) – UFRRJ
- Profª. Drª. Jussara Marques de Macedo – UFRJ
- Prof. Dr. Bruno de Oliveira Figueiredo – UNIR
RESUMO: em virtude da hegemonia neoliberal, a gestão pública vem sofrendo profundas reformas gerenciais, especialmente a proliferação de estratégias de accountability que demandam a implementação de políticas de avaliação em larga escala para medir o desempenho de instituições públicas na prestação de serviços sociais. Estas reformas visam garantir o enxugamento e a flexibilização do serviço público numa perspectiva mercantil. Estas reformas atingem a gestão educacional, promovendo mudanças no currículo, no método de ensino e aprendizagem e na gestão administrativa e financeira das Redes de Ensino público. Neta perspectiva, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) implantou um conjunto de avaliações externas que constituem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Diante desta realidade, levanta-se a hipótese de que a avaliação educacional em larga escala desenvolvida pelo SAEB implica considerável perda de autonomia dos docentes no planejamento, execução e avaliação de seu trabalho pedagógico. A partir desta hipótese, elegeu-se como objeto de análise a experiência do SAEB na Rede Municipal de Ensino de Duque de Caxias/RJ (RMEDC). O objetivo é explicar de que forma as avaliações do SAEB determinam a perda de autonomia docente na RMEDC. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, de abordagem referenciada no materialismo histórico-dialético, de análise explicativa que, em virtude dos instrumentos de coleta de dados utilizados, pode ser classificada como um levantamento, embora também se utilize de fontes bibliográficas primárias e secundárias. Toma-se como amostra aleatória um conjunto de quatro unidades de ensino da RMEDC, uma de cada um dos quatro distritos municipais, tomando como único critério de escolha aquela unidade de ensino com maior número de matrículas de cada distrito. Verificou-se que, com o argumento de atingir melhor desempenho no sistema avaliativo do SAEB e, consequentemente, atingir as metas de obtenção de melhor desempenho no IDEB, a Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ (SMEDC) implementou um plano executivo de avaliação da educação municipal. Este plano propõe estratégias metodológicas para o trabalho docente na RMEDC orientadas por uma perspectiva neotecnicista. Embora os docentes investigados evidenciem implicações da avaliação do SAEB em seu trabalho, não foi percebida qualquer iniciativa contra-hegemônica com potencial de resistência ou de articulação política da parte deles. Também não se percebeu da parte dos docentes investigados a real compreensão dos mecanismos de disputa que duelam no cotidiano escolar da RMEDC, tampouco qualquer percepção desta realidade como a materialidade da ofensiva do capital no campo educacional para garantir a formação de trabalhadores/cidadãos de novo tipo e, assim, atender às demandas do modelo de desenvolvimento enxuto e flexível do capital. Conclui-se que a avaliação desenvolvida pelo SAEB implica perda de autonomia dos docentes no planejamento, execução e avaliação de seu trabalho pedagógico. Isto se dá por meio da despolitização característica do modelo de gestão gerencialista e da pedagogia política do capital inerente a ele. Isto garante a conformação ética e moral dos docentes, assegurando o consentimento ativo e passivo dos sujeitos investigados. Assim, os docentes conduzem seu trabalho pedagógico sem autonomia, de modo a acatar diretrizes e orientações estabelecidas pela SMEDC sem consciência crítica das implicações sociopolíticas delas, o que os caracteriza uma postura profissional heterônoma.
terça-feira, 1 de agosto de 2023
PEDAGOGA DO IFRJ DEFENDE TESE SOBRE REAÇÃO DOCENTE À CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO
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Nelma Bernarde Vieira |
DEFESA DE TESE DE DOUTORADO
Título: "Reação dos docentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro à contrarreforma do Ensino Médio”
Doutoranda: Nelma Bernardes Vieira

Instituição: Programa de Pós-graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Data: 22/08/2023
Hora: 14:00
Local: UFRRJ – Instituto Multidisciplinar
Campus de Nova Iguaçu, Auditório do Módulo da Pós-Graduação
Rua Savero José Bruno, S/nº – Aeroclube – Nova Iguaçu, RJ
Banca Examinadora:
- Prof. Dr. José dos Santos Souza (Orientador) – UFRRJ
- Profª. Drª. Jussara Marques de Macedo – UFRJ
- Prof. Dr. Bruno de Oliveira Figueiredo – UNIR
- Profª. Drª. Marise Nogueira Ramos – UERJ
- Profª. Drª. Savana Diniz Gomes Melo – UFMG
RESUMO: imerso em uma crise orgânica desde os anos 1970, o capital demonstra flagrante condicionamento na manutenção das suas bases de acumulação, o que o leva a promover ampla ofensiva no campo estrutural e superestrutural do modo de produção e reprodução social da vida material em busca da renovação das condições objetivas e subjetivas de acumulação da riqueza, o que configura amplo processo de recomposição burguesa. Essa recomposição abrange todas as esferas da vida social, inclusive as políticas públicas de formação humana, o que envolve as proposições de um “Novo Ensino Médio”. A mais recente transformação neste campo decorre da promulgação da Lei nº 13.415/2017 e instituição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), marcos regulatórios da estratégia do capital para formar trabalhadores de novo tipo, a fim de atender demandas empresariais, assim como conformar ética e moralmente a sociedade civil. Neste processo, percebe-se a articulação de proposições para garantir uma formação básica enxuta e flexível, métodos de ensino e aprendizagem pragmáticos e imediatistas e formação docente afinada com a complexidade e a volatilidade da vida na pós-modernidade. A partir dessa realidade, elegeu-se como objeto de análise a reação dos docentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) à contrarreforma do Ensino Médio. O objetivo é explicar a natureza das reações de docentes do IFRJ frente à ofensiva burguesa no campo educacional que implicou a contrarreforma do Ensino Médio e a BNCC/2018. Trata-se de uma pesquisa básica, de caráter explicativo, referenciada no materialismo histórico-dialético, que se insere na categoria de pesquisa documental, embora se utilize de entrevistas semiestruturadas. A análise permitiu constatar que os organismos supranacionais, o Estado brasileiro e o empresariado definiram reformas gerenciais na Educação Básica, assim como buscaram promover reconfigurações no currículo, no método de ensino e aprendizagem e na formação docente, o que instituiu as bases de sustentação política e pedagógica da contrarreforma do Ensino Médio. Entretanto, percebem-se resistências a esta contrarreforma por parte de aparelhos privados de hegemonia em defesa da educação pública e gratuita formados por estudantes e docentes, especialmente contra as mudanças que passaram a ser designadas pela insígnia “Novo Ensino Médio”. Verificou-se também que os docentes do IFRJ se encontram desarticulados e desagregados politicamente, de modo que a resistência à contrarreforma do Ensino Médio nesta instituição é tímida. Embora os dados evidenciem reações pontuais à contrarreforma, predomina o consentimento ativo a ela. Conclui-se que a ausência de resistência por parte dos docentes do IFRJ contribui para a construção do consenso em torno da contrarreforma do Ensino Médio na sociedade civil, assim como fragiliza estes profissionais na construção de alternativas que minimizem perdas acarretadas no acesso da classe trabalhadora ao conhecimento científico e tecnológico acumulado.