terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

GABRIEL MELGAÇO SUBMETE À DEFESA PÚBLICA SUA TESE DE DOUTORADO SOBRE A REAÇÃO DOCENTE AO GERENCIALISMO

Gabriel Melgaço


DEFESA DE TESE DE DOUTORADO



Título: “Reações ao gerencialismo na gestão do trabalho escolar”


Doutorando: Gabriel Guimarães Melgaço Da Silva    http://lattes.cnpq.br/2883095744345202


Instituição: UFRRJ – Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc)


Data: dia 28/02/2020
Hora: às 14 horas

Local: UFRRJ/Instituto Multidisciplinar, sala 309, Módulo Multimídia.



Banca Examinadora:

  • Prof. Dr. José dos Santos Souza (UFRRJ) - Orientador
  • Prof. Dr. Bruno de Oliveira Figueiredo (FAETEC/RJ)
  • Profª. Drª. Gilcilene de Oliveira Damasceno Barão (UERJ)
  • Prof. Dr. Hugo Leonardo Fonseca da Silva (UFG)
  • Profª. Drª. Jussara Marques de Macedo (UFRJ)


Resumo: A partir de 2011, a Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro é submetida a um novo modelo de gestão escolar, conhecimento como GIDE, representando a intensificação do avanço dos ideais gerencialistas burgueses sobre a educação pública no Rio de Janeiro e submetendo o corpo docente a uma nova forma de se pensar a escola pública, na qual se mimetiza o setor privado, inserido toda uma lógica empresarial, ao mesmo tempo em que o professor perde sua autonomia, o que gera uma desprofissionalização do seu saber, gerando nesses profissionais variados tipos de reação. Assim, este trabalho se debruça sobre as reações dos docentes da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro aos novos modelos de gestão escolar na rede desde 2011, com a implementação da GIDE até os dias atuais. Objetivamos, portanto, categorizar e explicar as formas de reação docente a tal reforma gerencial, a partir do pressuposto da existência de três categorias ontológicas de reação: resistência, consentimento ativo e consentimento passivo, tendo como elemento norteador para a correta categorização o conceito marxiano de práxis. Trata-se de uma pesquisa básica, qualitativa e de caráter explicativo, que se dispôs para a análise das reações docentes de entrevistas estruturadas, via questionário, com profissionais da rede, de diversas escolas, e entrevista oral com alguns professores. Através da epistemologia do materialismo histórico dialético e da análise das respostas obtidas foi possível traçar um perfil geral do corpo docente da rede estadual, como um profissional desmotivado pela precariedade de seu trabalho, sem autonomia e expectativa de melhoras e que não se percebe representado pelo seu principal sindicato, o que se apresenta como fatores para a formação do perfil geral de consentimento passivo entre uma parcela da categoria, detrimento de uma outra que ainda se mobiliza para lutar contra o novo modelo de gestão. À título de conclusão, apontamos não somente a validade das categorias estabelecidas para a análise da reação docente às reformas gerenciais, como a constatação de que o consentimento ativo é minoritário na rede, o que nos levou a perceber no consentimento passivo, que se apresenta sob a forma de resiliência docente, o principal meio de propagação dos ideais gerenciais e elemento fundamental para a dificultar a mobilização da categoria na luta por melhores condições de trabalho e contra o avanço burguês sobre a educação pública.



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