Promovido
pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de
Uberlândia, por meio da Linha de Pesquisa Estado, Políticas e Gestão
da Educação, o VII Simpósio Internacional O Estado e as políticas
educacionais no tempo presente ocorreu entre os dias 19 a 21 de junho de 2013. O
Simpósio propunha-se a desenvolver análises e debates sobre as políticas
educacionais em diferentes países, tendo como objetivo, colocar em relevo reflexões
sobre as proposições das políticas públicas ensejadas por diferentes atores
sociais no contexto atual. Os enfoques de tais temas foram abordados a partir
de uma perspectiva multidisciplinar e interinstitucional, reunindo
pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e diferentes realidades, além
de alunos da graduação, profissionais da área de educação e integrantes dos
movimentos sociais.
O
evento proporcionou o desenvolvimento de reflexões, análises e avaliações das
políticas educacionais e suas vinculações com as novas configurações do Estado
no tempo presente; proporcionou o intercâmbio entre pesquisadores,
profissionais da educação e integrantes de movimentos sociais; contribuiu na
difusão de resultados de pesquisas na área de políticas e gestão da educação,
contribuindo para a publicização de novos conhecimentos desse campo de estudos.
O
Prof. José dos Santos Souza, que coordenou o Projeto de Pesquisa intitulado "Trabalho,
Juventude e Educação Profissional: a pedagogia política dos programas
governamentais de inclusão de jovens", realizado no período de março de
2011 de a fevereiro de 2013, apresentou um trabalho que era fruto desta
investigação. Sob o título de "Os Programas Governamentais para a Inclusão
Social de Jovens no Brasil: formar para a empregabilidade ou conformar na
precariedade?", a Comunicação Oral foi feita no âmbito do Eixo Témático
"Estado e políticas educacionais para inclusão e diversidade", no grupo
que tratava de Políticas de educação de jovens e adultos.No trabalho, o
pesquisador aponta que o Governo Brasileiro tem dado atenção especial aos
jovens, dedicando-lhes programas sociais diversos, dentre os quais se destacam
o PROJOVEM e o PROEJA. Em sua análise, o autor observa que a educação
profissional integrada a estratégias de elevação de escolaridade tem sido uma
característica recorrente desses programas. Entretanto, na sua avaliação, em
vez de se identificar com a proposta de ensino integrado inspirada na “escola
unitária” de Gramsci, como os documentos oficiais sugerem, na realidade, esta
característica funciona como uma espécie de pedagogia política necessária à
manutenção da hegemonia burguesa, uma vez que educa os jovens pobres para o desemprego
e a precariedade social em que vivem.